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    Dicas para ficar em um ashram na Índia

    20 de Outubro de 2017

    Desde que saí do Brasil, sabia que passaria uns dias em um ashram na Índia. Já estava nos planos. O que me faltava era saber onde, quando e como. O resultado foi uma compilação de sugestões: como tinha noção de que iria ao norte do país com o grupo da Agência Diário de Bordo, queria visitar o sul antes – de acordo com a minha amiga Júlia Morales, que já morou por lá, era mais tradicional e menos turistão. Tava decidido, então, que o ashram seria ao Sul. Depois disso comecei uma pesquisa intensa, que não me convenceu. Eu queria que a experiência fosse a mais incrível possível e não poderia errar, entende? Até que a Fernanda Tissot, uma seguidora do Instagram que ainda não conheço pessoalmente, entrou em contato sugerindo que eu conversasse com a professora de yoga dela que já havia passado por diversas imersões na Índia. Foi aí que falei com a Solange Wittmann e ela me apontou o centro Sivananda como uma ótima opção para conciliar yoga e meditação, o meu objetivo. Entrei no site, dei uma pesquisada nas sedes e encontrei este, em Madurai que me cativou logo de cara por conta da shala no meio do campo. Então vou solucionar algumas das dúvidas sobre como funciona e, se não for o suficiente, manda e-mail ou grita aí nos comentários que a gente responde tudinho.

    Sivananda Yoga Vedanta Meenakshi Ashram

    Yoga Vacation: o programa que eu fiz, de 15 dias, é para todos os tipos de pessoas que estão a fim de desconectar e aprender a filosofia da yoga e da meditação. Não precisa ter experiência nenhuma na área – cada um segue o seu ritmo –, mas precisa atender às aulas e ter disciplina com as regras da casa e os horários do roteiro diário. Não é obrigatório ficar os 15 dias, são no mínimo três, mas é o tempo recomendado para uma experiência completa. Os cursos começam sempre nos dias 1º e 15 de cada mês.

    Acomodações: há três tipos de acomodação. Os dormitórios –compartilhados, com cerca de 25 camas por ambiente; os quartos divididos (duas camas e banheiro para a dupla) e o quarto individual com banheiro próprio. O ashram providencia travesseiro, as roupas de cama, um mosquiteiro e o ventilador de teto. O resto, como toalhas, xampu, sabonete e papel higiênico, fica a cargo do aluno. Homens e mulheres têm que ficar separados – independentemente de você estar em casal ou não. Ah, não há água quente nos chuveiros, mas faz tanto calor que nem dá para perceber.

    Alimentação: há uma dieta rígida a ser seguida – como já repeti algumas vezes aqui – e são servidas duas refeições diárias mais dois intervalos de chai. Na sexta-feira, que é o dia de folga, dá para sair do ashram e aproveitar para perder a linha e comer o que se tem vontade na cidade de Madurai. Ah, não deixe de visitar o templo da cidade e o mercado.

    Dress code: roupas largas e cobrindo os ombros e abaixo dos joelhos. Para as refeições, é preciso prender os cabelos.

    Karma yoga: prepare-se para colocar a mão na massa e ajudar na limpeza e na organização do ashram. Durante uma hora por dia todos são intimados a faxinar o local, como uma maneira de ajudar a instituição e diminuir o ego. Seguidamente eles lembram que o ashram não é um resort de férias, é um espaço para estudar uma filosofia de vida e cuidar da mente e do corpo.

    Quanto se gasta? O valor cobrado depende do estilo de acomodação que você escolher. Só isso que muda. O preço para o dormitório compartilhado é cerca de 15 dólares a diária, enquanto o duplo é 25 e o individual é 35 dólares a diária. Isso é tudo que você vai gastar por lá, a não ser que queria fazer alguma outra doação ou colaboração extra.

    O que levar: tapete de yoga, garrafa d'água, roupas confortáveis e frescas, echarpes ou mantas, repelente, protetor solar, chapéu ou boné, tênis para caminhadas, papel higiênico e toalha.

    Vá. Volte. E me conte tudo.

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