Dicas de passeio em Shanghai e Xian

Antes de fechar as malas para a China, você precisa organizar uma porção de coisinhas que não vão deixar você passar tanto perrengue no país. A primeira é baixar um tradutor no celular que ajude a desvendar o mandarim e a se comunicar nos lugares em que o inglês não sai de jeito nenhum. A segunda é baixar o VPN, outro aplicativo fundamental para a comunicação em terras chinesas. Caso você não saiba, Facebook, WhatsApp, Instagram e até o próprio Google foram bloqueados pelo governo, e o VPN consegue abrir passagem na rede e fazer com que estes apps e determinados sites funcionem mesmo assim. Especialmente se você tem um Android, lembre-se de baixar antes de viajar, pois a PlayStore não funciona na China. Outro auxílio legal é o Maps.Me, aplicativo ao estilo Google Maps, mas que funciona offline mesmo para a busca. É uma mão na roda em um país em que pedir informação é bem complicado. Por fim, antes de sair do aeroporto, já tenha em mão RMB, a moeda local, pois dólares não são aceitos, ok?

Ufa! Dito tudo isso, vamos às dicas de Shanghai e Xian, nossas primeiras paradas na China:

Shanghai

Foi a minha cidade preferida no país, boa de passear, andar de bicicleta, limpa, organizada, cheia de restaurantes, cantinhos, arte e um skyline de tirar o fôlego. Eu passaria uma semana fácil por lá. O que não pode faltar é uma visita ao Bund - principalmente à noite para ver a cidade toda iluminada - e aproveitar para caminhar pela área da Concessão Francesa, que é parte mais cultural da metrópole. Se você adora um rooftop, emende a visita ao Pop Bar seguida de um jantar no Mercato, que fica no mesmo prédio, e ambos têm aquele visu para o skyline. Do outro lado do rio fica o Pudong, que é o centro comercial, onde você pode subir nos prédios mais altos com observatório.

Xintiandi: eu amei esta região! É um local repleto de casas de pedra que foram ocupadas por livrarias, cafés, restaurantes, co-workings e tem uma iluminação peculiar. O passeio é imperdível, tanto durante o dia como à noite.

People's Square: trata-se daquela praça onde tudo acontece. Vendedores ambulantes, comboios passando, muita, muita gente e lojas para todos os bolsos e gostos. Vá preparado para ser abordado o tempo inteiro por comerciantes tentando emplacar produtos falsificados. Fique atento!

Yu Garden: aqui, mesmo na cidade grande, você consegue encontrar um pouco da história e da cultura chinesa. Yu Garden é a parte antiga de Shanghai, onde você encontra aquela arquitetura típica que está muito bem preservada. Lugar imperdível.

Tianzifang: rá! Melhor parte. Este local é cheio de ruas pequenas e estreitas em que a graça é justamente se perder para encontrar restaurantes, lojinhas, bistrôs e produtos alternativos e tradicionais. Foi aqui que visitei aquele café dos gatos, em que as pessoas pagam para passar um tempo com os felinos, encontrei os dumplings em forma de bichinhos e os produtos mais legais a serem comprados. Pura diversão e a cara da China.

Xian

Confesso que fiquei um pouco em dúvida sobre ir ou não a Xian. Muitos me disseram que fora os famosos Guerreiros de Terracotta, não havia muito a ser visitado por lá. Mas acabei sucumbindo à curiosidade e fui igual. Acho que foi uma boa escolha. E digo: nem tanto pelos guerreiros, mas pela fofura da cidade, que é menos @@@@@ - para os padrões China - e mais tradicional do que Shanghai e Pequim.

Guerreiros de Terra-Cotta: separe um dia para a visita, o parque fica um pouco distante da cidade, então recomendo pegar um tour e um guia para auxiliar no trajeto e nas explicações. É importante ter alguém que responda às suas dúvidas e conte cada detalhe da história sobre os guerreiros erguidos para proteger a tumba do imperador Ming. Vale a pena.

Cidade amurada: em Xian, um ou dois dias bastam para caminhar pelo centro, visitar a cidade que fica entre as pedras e as famosas torres e dar uma volta de bicicleta ao redor de todos os muros. Não esqueça de passear à noite, quando as luzes se acendem e o charme é ainda mais evidente.

Boa viagem e boa sorte :)