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    Dicas de passeio em Hong Kong

    02 de Outubro de 2017

    Hong Kong me conquistou. Torci o nariz logo na chegada, mas fui forçada a estacionar por essas bandas e decidi que deveria tirar tudo de melhor que a cidade tinha a me oferecer. Como já disse em outro texto: Hong Kong é uma Nova York um pouco mais comportada, com infinitas possibilidades de gastronomia, arte, compras e diversão. Ah, e tem um ponto extra: as montanhas. Há quem vá a Hong Kong só para praticar escalada, acredita? Descobri isso por lá e até me aventurei em uma das trilhas.

    Assim como NYC, HK é dividida por regiões. São três: a ilha de Hong Kong, onde sugiro que vocês fiquem hospedados para curtir a vida noturna e a parte mais descolada da cidade, o continente, que é o lado em que fica a parte mais comercial, financeira e chique – com as lojas mais importantes e grifadas –, e Lantau, a ilha mais famosa por conta do Buda gigante e da Disney. Em cinco dias é possível desbravar o trio, mas se vocês precisarem ou quiserem ficar mais no país/cidade, juro que programação não vai faltar.

    Vamos às dicas de programação

    Lantau: é a região que precisa de um dia todinho para ser desbravada. Vá cedo pela manhã em direção ao cable car: conhecido como o teleférico mais longo do mundo, o passeio de cerca de 25 minutos no ar sobre um chão de vidro é uma aventura para quem tem medo de altura. De lá, você vai descer na Vila Ngong Ping, onde passará boa parte do dia. É nessa vila que fica a estátua considerada o maior Buda sentado da Ásia. Mesmo que você venha de uma viagem longa pela Ásia, como eu, e esteja cansada de templos, eu garanto, esse é diferente: a imagem é imponente, de tirar o fôlego. Depois de subir a escadaria e reverenciar aquilo tudo, ainda na vila, sugiro seguir em direção ao Caminho da Sabedoria – um dos meus lugares preferidos de Hong Kong –, uma trilha cercada por placas de madeira com mensagens para refletir. Finalizando por essas bandas, visite o templo local e aproveite para almoçar na região, em um dos restaurantes vegetarianos da área.

    Disney: a Disney em Hong Kong é pequena comparada às outras e, em uma tarde, é possível rodar por todos os cantos do parque e ainda voltar antes do anoitecer para o hotel. Como também fica na região de Lantau, sugiro casar com o passeio a Ngong Ping – a não ser que você esteja com crianças, aí é outra história. Para chegar lá, vá via metrô. O trem cai direto dentro do complexo.

    Parques: como uma metrópole que se preze, Hong Kong tem aqueles parques mais famosos. O primeiro é o Hong Kong Park, que tem aviário com 600 pássaros, espaço para conservar flores e plantar, lagos e cachoeiras artificiais, jardim para a prática de tai chi chuan e museu de chá. Esse parque cumpre mais a função de centro de lazer, não de um lugar para sentar, jogar conversa fora ou praticar jogging. É para passear, mesmo. Já o Victoria Park é mais amplo e serve para abraçar toda a cidade em esporte, piqueniques e bancos da praça. Por fim, tem o Ocean Park – que não cheguei a visitar –, mas leva o estilo de um parque de diversões e é famoso por ter ursos pandas em seu zoológico.

    Avenida ou Jardim das Estrelas: costumava ser uma Avenida das Estrelas, tipo a de Hollywood, mas uma reforma transformou a rua em jardim. Agora, a famosa estátua de Bruce Lee e outros artistas chineses renomados foram recolocados em um novo ambiente e seguem recebendo muitos turistas. Minha sugestão é: no dia em que for visitar a tal calçada da fama, aproveite para dar uma esticada na região do Continente, mais especificamente à área de Tsim Sha Tsui, para passear nos shoppings e pela parte administrativa da cidade.

    Mercados de rua: ixi, são vários! E quando você menos espera tem um ao virar a esquina. Os mais famosos são o GoldenFish Market, Lady's Market e Flower Market. Um fica pertinho do outro, pegue um mapa e vá desbravando e se perdendo entre as ofertas inusitadas. Não esqueça de pechinchar!

    Restaurantes: bem, Hong Kong é um paraíso gastronômico. Há sempre um restaurante Michelin por perto ou uma padaria com a vitrine bombando de delícias (há uma tradição forte de padarias e doçuras por aqui). Não é difícil comer bem, mas vou passar três dicas de lugares que fui e voltaria, certamente. Café Grey: fica no rooftop da Upper House, um dos edifícios mais conhecidos do skyline, então dá para imaginar a vista da cidade, né? De cair o queixo. A conta é salgada, mas o cardápio é maravilhoso. Vale o luxo. Já o Ancient Moon é um boteco perdido em um beco que você não daria nada olhando de fora, mas é Michelin, sim, e o chef mistura a gastronomia chinesa com a de Singapura. Cada dia há um novo cardápio e o preço é baratíssimo. Ah, e não pode faltar as famosas dim sum, tradicionais por estas bandas. As dim sum são pequenas porções de comida servidas em cestinhas – você marca com um "x" no cardápio quais vai querer e o garçom vai trazendo aos pouquinhos. Tudo acompanhado de chá. Você encontra dim sum em todas as partes, mas um lugar infalível é a House of Jasmine. Prepare-se para a fila.

    Vida noturna: que agito! De segunda à segunda tem balada, bar e drinques todos os dias. Basta ir para a região de Lan Kwai Fong e se jogar no bar que você acredita ter mais a sua cara. Um segredinho que aprendi com os locais: os prédios da região é que guardam as melhores baladas nos rooftpos da cidade. Dica de bar: Cássio. Dica de balada: Dragon I.

    The Peak: esta é a atração turística mais famosa de Hong Kong. Trata-se da montanha mais alta da cidade e que, acredite, tem um shopping com um "sky center" no topo. Há duas maneiras de subir até lá: a primeira é pegando o funicular. Foi o que fiz durante o dia, subi perto do horário do almoço, apreciei a vista e aproveitei para comer em um dos restaurantes lá de cima. A segunda é escalando. Também testei essa. Fui ao final da tarde e peguei o acender das luzes do skyline. Lindo, lindo – mas tem que ter um certo preparo físico.

    Boa viagem!

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