Um roteiro por Desvio Blauth e uma casa na árvore, a Morada dos Vagalumes

09 de Abril de 2022

Me conta aí: você já ouviu falar de Desvio Blauth? Talvez, assim como eu, você não soubesse que o vilarejo – que conecta Faroupilha a Garibaldi via RS-313 – foi a principal rota turística do Rio Grande do Sul há um século. À época em que o litoral gaúcho não era de fácil acesso, era o trem para Desvio Blauth que o pessoal pegava para curtir o veraneio, andar de barco, praticar o turismo rural e tomar banho de rio. Descobri tudo isso depois de receber o convite para conhecer a Morada dos Vagalumes, uma casa na árvore legítima e recém-inaugurada na localidade. Como de praxe, na nossa Fuga pras Colinas, nos preparamos para ficar curtindo a hospedagem, isolado do mundo e de todos, mas nos surpreendemos com o que Desvio Blauth pode nos oferecer.

 

Antes: bora falar da Morada dos Vagalumes? Nos encantamos com essa casa! Além de ter sido construída pensando totalmente em acessibilidade – já que a Débora, proprietária, é cadeirante -, a casa é de uma originalidade sem fim. A começar pelo projeto, que foi inspirado no manual do “pai” das casas na árvore, Pete Nelson, e contou com uma super equipe de engenheiros, arquitetos e criativos, incluindo o próprio Jair, marido da Débora, que colocou a mão na massa, ou melhor, na madeira, para levantar alguns móveis e detalhes do espaço.

 

Sabe aquele projeto todo pensado com carinho? É perceptível o bom gosto e a ligação com design e decoração da Morada dos Vagalumes. Ah, sobre o nome: a casa está instalada dentro de uma propriedade familiar, que tem uma produção orgânica de pequenos frutos, como framboesas, amoras e mirtilos. À noite, os vagalumes invadem o espaço, iluminando a região. Já pensou que lindo? Pegamos um bocado de chuva, confesso, mas nossa experiência não foi prejudicada. Curtimos a lareira, o mezanino para leitura, e a cozinha para preparar uma refeição rápida e tomar um café da manhã demorado e caprichado. O café está incluído no valor da diária, mas se você quiser algo especial, em uma cesta de piquenique, é preciso encomendar por um valor adicional. Outro serviço que pode ser pré-agendado é a massagem, ou sessão de reiki. Oportunidade legal também para relaxar.

 

A Morada é, sem dúvidas, um lugar especial, viu? Até o banheiro – que tem teto de vidro – é decorado com fotos do artista Felipe Secco. Não passa um só detalhe. E na área externa, tem um super balanço para curtir a natureza e um fogo de chão para um churrasco ou marshmallows de inverno. Para as mamães e papais: o espaço acomoda até quatro pessoas e tem camas extras. A dica é: se quiser passar por uma verdadeira experiência na casa da árvore, organize-se para conhecer a Morada.

 

 

Ahhh, e voltando a Desvio Blauth! Que lugar cheio de história! Além de passearmos pelo antigo trilho de trem, aproveitamos para jantar na famosa Blauth Bier, cervejaria renomada do nosso estado (que fica justo do ladinho da Morada dos Vagalumes) e tomar um chá da Alice, no Armazém do Desvio, café todo temático de Alice no País das Maravilhas. Um encanto! É um roteiro perfeito para um final de semana especial ou para surpreender alguém. Programem-se!

 

O que levar para a Morada dos Vagalumes: roupas confortáveis e um calçado fechado para passear pela produção orgânica, bebidas e comidas para caso queira preparar jantar e almoço na casa (a cozinha tem um fogão de duas bocas e um micro-ondas). A hospedagem oferece o café da manhã, água filtrada, um bolinho especial de boas-vindas e café à vontade. Caso você não queira cozinhar, a Morada organizou uma lista com deliverys que entregam no local – inclusive, de bebidas – e tem vouchers para os restaurantes que citei acima. De banheiro, é importante levar o shampoo e condicionador, sabonete e toalhas super fofinhas já são disponibilizados.


*A jornalista Fernanda Pandolfi viajou a convite da Morada dos Vagalumes.

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