Memórias de viagem: como organizar as muitas fotos de viagem

Hey, vos escreve aqui quem já perdeu todo o registro de um tempo em Paris (só se salvou o que estava postado nas redes sociais) por falta de cuidado, organização e atenção com as tantas fotos que tirou todos os dias via iPhone. A sensação que tenho é que, nos tempos em que saíamos com a câmera a tiracolo nas viagens, éramos mais seletivos e atentos aos cliques escolhidos e caprichávamos mais no armazenamento. Mandávamos imprimir, construíamos álbuns com legendas e eternizávamos tudinho. Não sei vocês, mas para mim, duas são as melhores maneiras de relembrar os lugares por que passei: fotos e diário.

Como são dias de ficar em casa, as viagens foram canceladas e estamos morrendo de saudades de colocar a mochila nas costas, o negócio é relembrar para viver. Vamos organizar nosso material de viagem e revisitar todos os lugares legais pelos quais cruzamos? O Ida e Volta se uniu à personal organizer especialista em malas de viagem, Fernanda Knijnik, para passar algumas dicas para vocês. Vamos lá?

Selecione!
O primeiro passo é largo. Hora de selecionar. Prepare o café e abra seu arquivo. Vá limpando todas as imagens que não interessam e que ocupam espaço no seu smartphone ou computador. Limpeza e descarte mesmo, sabe? Quer uma dica? Alguns aplicativos ajudam nesta faxina. Os espertinhos identificam fotos duplicadas ou semelhantes e passam o rodo. Uma dica para smartphone é o app Remo. E, lembre-se, depois de apagar tudinho – ainda é preciso esvaziar as lixeiras para liberar o espaço.

Back-up sempre!
Como contei lá no início do texto, aprendi a lição da pior maneira. Perdendo todos os registros de um período único da minha vida na França. Então, esta dica é preciosa: faça o back-up do seu material! A ideia é que celulares e computadores sejam só um espaço transitório para a fotos, mas, para termos certeza da “eternidade” de nossos registros, precisamos salvá-las em algum meio que não pife. O ideal é fazê-lo tanto no meio online, mandando para a famosa nuvem (usando o Dropbox, por exemplo) como no meio real (um pendrive, talvez?). Lembre-se de conferir direitinho se o material está realmente salvo antes de apagar as imagens do celular!

Hora da edição e curadoria!
Feito isso, estamos prontos para começar a organização. Na opinião da nossa organizer Fernanda, nada de criar muitas categorias para as pastas, só confunde mais na busca. O ideal é organizar por anos e destinos. Para fazer essa função, busque um computador: a tela maior facilita a tarefa. Ah, um setor dedicado aos vídeos também é bacana.

Vamos imprimir?
E vamos combinar? A experiência da foto impressa ainda é insubstituível, certo? Fernanda dá a dica: “Foto ainda é o pouco que uma organizadora incentiva a sair do mundo digital, né? Porta-retratos, quadros de parede, caixas personalizadas ou álbuns são ótimas opções”. Concordamos! Compartilhar as memórias com álbuns de viagem e não via celular tem outro sabor, né? Quer mais uma justificativa? Em entrevista nem tão recente à BBC, Vint Cerf, ex-presidente do Google, emitiu o alerta para que todos imprimissem as fotos favoritas. Segundo ele, os formatos antigos de documentos que criamos podem não ser compatíveis com versões futuras de softwares. Já pensou??
Fernanda ainda faz um apelo: “Não deixe de imprimir suas fotos de viagem! Como é bom poder localizar, relembrar e planejar o próximo destino.”