14 de Setembro de 2017
Ah, o Laos! Que lugar cativante. O pequeno país do qual menos gente do que deveria ouviu falar é um doce escondido no Sudeste Asiático, com arquitetura interessante, monges espalhados por todas as regiões, muita, muita, natureza e até um centro de reabilitação para ursos que foram machucados no tráfico de animais. Não cheguei a ficar na Capital, Vientiane, mas passei por Luang Prabang e Vang Vieng, que acredito que foram boas escolhas para sentir o clima da região. Vamos às dicas:
Luang Prabang
Ritual dos monges: um dos momentos mais marcantes da minha passagem pelo Laos foi acompanhar o ritual dos monges que caminham enfileirados pelas ruas da cidade recebendo oferendas das pessoas. Tem que acordar cedinho, pois a função é antes do amanhecer, por volta das 5h30min, e, se possível, é legal entrar no clima, comprar um cesto com arroz e biscoitos e seguir as regras da tradição. Não é bacana ficar ao redor dos monges, fotografando sem parar e atrapalhando a passagem, como alguns dos turistas fazem, deixando o respeito de lado.
Por falar em monges, o hotel em que fiquei se chama Villa Maydou Boutique, foi construído em uma casa antiga – considerada patrimônio histórico –, tem uma piscina amiga para aliviar o calor e, o melhor de tudo: fica atrás de um templo (praticamente junto), o que significa que é possível acompanhar a movimentação diária dos monges bem de pertinho.
Mount Phousi: depois de passear na Sisavangvong Road, onde se reúnem todas as lojinhas, cafés e bistrôs bacanas da cidade, não deixe de escalar o Mount Phousi para visitar o templo que fica na montanha e apreciar a vista da cidade lá de cima.
L'Etranger Books and Teas: bom, já fiz até um post especial falando sobre a questão da leitura no Laos, né? Então, essa loja/biblioteca/café é uma das envolvidas na ação que incentiva a literatura no país. Como, incrivelmente, eu não tinha nenhum livro para doar para o espaço, acabei comprando um para ajudar monetariamente.
As cachoeiras: olha, mesmo Victoria Falls, na África, não me impressionou tanto quanto as cachoeiras de Luang Prabang. A cor da água é diferente de tudo o que você já viu e é possível se banhar. A Kuang Si, maior e mais famosa, está no mesmo parque onde fica o abrigo dos ursos que estão sendo reabilitados após o tráfico de animais. É fofo observar eles bem de pertinho e também é possível colaborar com doações ou comprando alguns dos produtos da marca Free The Bears. A segunda cachoeira é a Tad Sae, que não é tão alta, mas tem mais espaço ao redor para piqueniques e boas "piscinas" para mergulhar.
Tamarind e Utopia: o Tamarind é, sem dúvidas, o melhor restaurante da cidade. Para os amantes de uma boa gastronomia, a dica é infalível: não deixe de passar por lá para apreciar as gostosuras locais. Para quem quiser ir ainda mais a fundo, há também aulas de culinária no local. Já o Utopia é um caso à parte. O lema é "zen in the day and groovy at night", ou seja, zen durante o dia e agitadinho à noite. De manhã, são ministradas aulas de yoga com vista para o Rio Mekong e à noite todo mundo se encontra no mesmo lugar para tomar uma cerveja, ouvir música e colocar conversa fora. Passagem obrigatória!
Vang Vieng
A melhor maneira, se é que podemos definir assim, de ir de Luang Prabang para Vang Vieng ou vice-versa é de mini-van. Em quatro ou cinco horas de viagem se chega na outra cidade. Porém, a estrada é feita só de curvas. E não estou exagerando. Se você costuma enjoar, garanta o remédio antes. Ah, e esteja preparado para as várias paradas da van para aliviar a turma que se sente mal. A jornada não é muito fácil. Adianto.
Tubing: não faça. Vang Vieng ficou famosa há anos por conta do tubing, atividade em que você entra em uma boia e desce conforme a correnteza do rio Nam Song. Cerca de seis anos atrás, a cidade ficava lotada de adolescentes e jovens que faziam a atividade e aproveitavam para beber nos bares que foram estrategicamente colocados na beira do rio. Algumas tragédias depois, a função toda foi proibida pelo governo local e, atualmente, apenas uma empresa tem permissão para conduzir a atividade. Fiz. Resultado? Superchato. Não tem muito o que ver, os bares estão todos fechados e o rio é sujo. Não aconselho.
Ecoturismo: é o que pega forte em Vang Vieng. Esteja com a sua bolsa à prova d'água preparada, seus tênis e biquíni prontos para aproveitar os dias. Aqui, o negócio é alugar uma scooter também para percorrer os diversos pontos que incluem cachoeiras, cavernas, lagoas e trilhas.
Dou duas dicas legais: nadar na Blue Lagoon (vá cedinho antes que a turistada tome conta) e subir ao miradouro – os locais sabem onde fica – que tem uma vista linda, linda, da região e garantiu as minhas melhores fotos do Laos. Depois disso, fica a seu critério escolher as trilhas e cavernas a serem exploradas.
Sakura e Smile: assim como o tubing, a balada está ligada a Vang Vieng. Dois lugares são os mais conhecidos para tomar uns drinques, dançar e encontrar gente legal: o primeiro é o Sakura, que é beeem balada mesmo, com música eletrônica, dose dupla de vodka e até queijinho. Já o Smile Bar é um clima mais de happy hour, na beira do rio, e com uma breve trilha pela mata para ser alcançado. Faz mais meu tipo.
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