13 de Dezembro de 2017
Quem diria que, ao final da Volta ao Mundo, eu ainda ficaria embasbacada com algum país? Assim foi com a Nova Zelândia. Um lugar que você não sabe por onde começar a fotografar ou apreciar. As paisagens são estonteantes de tão lindas, a comida é uma perdição e os vinhos são um caso de amor. Além disso, é o lugar para os esportes radicais, que reúne aventureiros de todos os cantos do planeta. Vou comentar sobre a passagem por Queenstown, Milford Sounds, Arrow Town, Mount Cook e Cristchurch. Vamos lá?
Queenstown
Na minha opinião, a cidade mais linda da Nova Zelândia. Berço dos esportes radicais e rodeada por montanhas, lagos e estradas charmosas. Programe-se para passear pela rua coberta, curtir o pôr do sol tomando um sorvete gigante no porto e aproveitar a noite em um pub da região ou comendo um hambúrguer do FergBurger. Só não se esqueça que como qualquer lugar voltado aos esportes, tudo fecha cedinho e, se você não se adiantar, corre o risco de ficar sem jantar.
Shotover Jet: impossível ir a Queenstown e não se arriscar em nenhum esporte radical. O mais tradicional - e que serve para todas as idades e tamanhos - é o Shotover Jet, a lancha mais rápida do mundo que desce o rio azulzinho fazendo manobras malucas e garantindo aquela elevada na adrenalina dos tripulantes. Só reserve um dia antes para não ter que encarar filas e garantir o lugar e o horário certinho.
Bungy Jump: se você quer dar este check na lista, é o lugar ideal. A Nova Zelândia foi a criadora do bungy jump no mundo e, por consequência, tem a operadora mais antiga de todas, a AJ Hackett Bungy. Escolha um dos pontos em que a AJ funciona e se organize para a função. O preço é salgado, mas quando se trata de segurança e confiança a gente não se preocupa em desembolsar uma grana extra, certo? Ah, normalmente não precisa de reserva, já que são poucos os loucos que se jogam - literalmente - na aventura.
Skyline: é o ponto mais alto da cidade, com aquela vista 360 graus digna de fotos para a eternidade. Depois de subir até lá com o teleférico, comprar um souvenir e tomar um café, desça no carrinho de rolimã - ao estilo Muralha da China. Só lembre-se de garantir o ticket embaixo da montanha, antes de começar o passeio. Ah, e se você curte um jantar com vista, também é possível reservar o restaurante do Skyline para a noite.
Milford Sounds: trata-se do parque nacional onde estão os famosos fiordes da Nova Zelândia. Não fica tão perto assim de Queenstown, mas vale a pena alugar um carro - ou um motorhome para os mais aventureiros - e ir curtindo a estrada e parando nos "lookouts" que têm paisagens incríveis. Aliás, é um desperdício não viajar de carro pelo país que até tem um lema: NZ roads are different, allow extra time. Chegando ao Milford, pegue um cruzeiro para entrar lago adentro e ir ao encontro do Mar da Tasmânia. Com sorte, além de apreciar os fiordes e as cachoeiras formadas pelo gelo derretido, ainda poderá encontrar leões-marinhos pegando um sol nas pedras que complementam a paisagem.
Arrow Town: essa vila fica pertinho de Queenstown e é famosa por ter sido ponto de garimpo de ouro e, mais recentemente, por ter sido um dos tantos cenários de O Senhor dos Anéis. A passagem por lá é rápida, pode ser para um café ou almoço e um rápido passeio pelas ruas e parques da região.
Blue Pool: se você estiver indo de Queenstown a Mount Cook, não deixe de passar na trilha que leva a Blue Pool no meio do caminho. É facinho de percorrer e a recompensa é a água mais azul que você já viu na vida. Juro! Aliás, o que não falta na Nova Zelândia são trilhas com finais felizes. Tem até um site especial do governo só para você pesquisar e se divertir escolhendo as que você quer percorrer.
Mount Cook: estamos falando aqui da maior montanha da Nova Zelândia e a mais famosa também. Para chegar lá, é preciso ficar no vilarejo de Aoraki, que não tem nada de nada, só uns hotéis perdidos, e se programar para acordar cedinho e sair para as trilhas. A trilha fica a seu critério - são várias, com diferentes níveis de dificuldade - e apesar do caminho ser bem organizado, não há onde repor a água: prepare uma garrafa grande para não desidratar com o sol a pino e uma fruta para repor as energias. E aquelas velhas dicas: protetor, sapatos confortáveis, boné e óculos escuros. Se você é daqueles bem corajosos, leve roupa de banho e arrisque um mergulho no lago de degelo que fica logo abaixo do Mount Cook. Só para fortes!
Cristchurch
Segue sendo uma das principais cidades do país, mas desde o terremoto de 2011 perdeu a força no turismo e vem tentando se reconstruir. O resultado é um lugar em obras, com alguns dos principais atrativos turísticos desmoronados. É interessante observar os recursos que o governo vem utilizando para tentar embelezar a cidade, como grafites espalhados por todo canto e intervenções artísticas nas esquinas e ruelas. Algumas lojas e restaurantes se restabeleceram em contêineres e food trucks também ganharam a vez. No entanto, não colocaria Cristchurch em um roteiro novamente, esperaria alguns anos para voltar para lá. Se tiver que optar por outra cidade grande, vá de Auckland.
Dicas extras: não importa se faz frio ou calor, a Nova Zelândia é famosa pelo sol forte e pelo vento. Para evitar fortes queimaduras, capriche no protetor solar.
O Senhor dos Anéis: a Nova Zelândia tem muito orgulho de ter sido o cenário de uma das sagas cinematográficas mais famosas do mundo. É fácil encontrar referências por onde se passa e, para os mais fãs, há até tour específicos que circulam pelos principais sets de filmagem. Aliás, uma boa sugestão é visitar a Hobbiton, set de filmagem do Hobbit. Não consegui incluir o passeio no meu roteiro, pois fica ao norte do país e acabei ficando mais pelo sul, mas já é um bom motivo para retornar, né?
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